Piauí foi o primeiro estado a registrar casos de febre do Nilo em humanos. Já são oito casos. O primeiro foi em pacientes residentes nos municípios de Aroeiras do Itaim (2014), Picos (2017), Piripiri (2017), Lagoa Alegre (2019), Teresina (2019), Amarante (2019) e Água Branca (2020). Casos em animais já foram registrados no Brasil, nos estados do Espírito Santo (2018), Ceará (2019) e São Paulo (2019).
"A
gente foi a Parnaíba antes mesmo desse caso ser notificado. O que a gente sabe
da experiência da febre do Nilo em outros lugares do mundo é que existe uma
suspeita que essa enfermidade chegue no país através das aves migratórias. O
nosso litoral, apesar de curto, contém diversas ilhas onde as aves migratórias
também chegam e sendo picadas por mosquitos locais podem estar transmitindo a
enfermidade, se essas aves tiverem infectadas", explica a médica
veterinária.
Em
outubro foi realizada coleta de sangue de aves migratórias, aves silvestres,
galinhas e equinos, além de mosquitos para a vigilãncia do vírus da febre do
Nilo.
"Parnaíba foi o primeiro local onde este trabalho foi realizado onde não havia casos humanos. Mas sabemos do potencial do local por ser local de rotas migratórias das aves. O estudo foi feito no litoral do Piauí e em comunidades do litoral", reitera a virologista.
Antes
mesmo da confirmação da doença, uma rede de vigilância formada pela Secretaria
de Saúde do Estado, Universidade Federal do Piauí, Agência de Defesa
Agropecuária do Piauí, secretarias municipais, entre outros, investigam o
vírus transmissor da doença.
Para
se proteger do mosquito, ela orienta que a população instale telas de proteção
e use repelente.
"Use
manga comprida quando for trabalhar em algum lugar onde sabe que existe uma
chance maior de ser picada pelo mosquito, que coloque telas nas janelas. O
mosquito aparece mais no começo da manhã e fim da tarde. Essas medidas básicas
são importantes", orienta Catenacci.
Entre os sintomas da doença estão dor de cabeça, desorientação, entre outros, semelhantes a dengue e gripe.
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