69%
acreditam que se todos os estabelecimentos comerciais funcionassem aos domingos
nos mesmos horários que abrem de segunda a sexta, aumentaria o número de vagas
de emprego no mercado.
Uma
pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e
pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em convênio com o Serviço
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), revela que 75%
dos brasileiros acham importante abrir as lojas de rua, shoppings e
supermercados aos domingos e feriados, sendo que 45% consideram que deveriam
ser abertas em horário reduzido e 29% em horário normal de funcionamento.
O governo lançou em novembro de 2019 a Medida Provisória 905, que criou o Programa Verde e Amarelo, que altera a legislação trabalhista e que possibilita, entre outras medidas, a ampliação da possibilidade do trabalho aos domingos e feriados para todas as categorias. A MP foi prorrogada e deverá ser votada até abril de 2020.
Apesar de a permissão de trabalho nesses dias já estar prevista em lei
específica, o setor de comércio dependia de convenções coletivas e legislação
municipal para colocar seus funcionários para trabalhar em domingos e feriados.
Para o presidente da CNDL, a aprovação da medida é fundamental para o
crescimento das vendas, para o aquecimento da economia e para a geração de
empregos.
“Essa é uma luta antiga do setor de comércio, que trará importantes conquistas
para o Brasil. Permite ao setor otimizar a mão de obra para atender às demandas
em horários de mais movimento e dias que o consumo pode aumentar, como o
domingo. Além, disso, mais dias de trabalho significa a geração de mais
empregos. Estudos mostram que o domingo já o segundo dia de mais vendas nos
shoppings, por exemplo. Os consumidores precisam contar com o comércio aberto
durante os finais de semana”, destaca Costa.
Maioria dos consumidores acredita que abertura do comércio aos domingos e
feriados aumentaria vagas de empregos.
O desemprego no país, que chegou a atingir 12,4 milhões de brasileiros no ano
passado, é um dos principais argumentos do governo e dos empresários que
defendem a ampliação dos dias e horários de abertura do comércio.
Para 69% dos entrevistados, se todos os estabelecimentos comerciais
funcionassem aos domingos nos mesmos horários que abrem de segunda a
sexta, aumentaria o número de vagas de emprego no mercado, sendo que
43% acreditam que aumentariam as vagas de emprego em shoppings, 42% em lojas de
rua e 39% em supermercados.
“O fechamento do comércio, principalmente em determinados feriados, representa
enorme prejuízo, o que, de forma direta ou indireta, prejudica os empregados.
Quando o comércio deixa de vender, também deixa de investir e de contratar. Essa
consequência não é boa nem para o comércio e nem para os trabalhadores”, afirma
o presidente da CNDL.
58% aceitariam vaga de emprego se tivesse que sempre trabalhar aos domingos
A liberação do trabalho aos domingos é uma das bandeiras do Poder Executivo. E
a medida parece atentar a uma nova realidade econômica e social. De acordo com
a pesquisa, a maioria dos entrevistados afirmou que aceitaria uma vaga de
trabalho que tivesse que sempre trabalhar aos domingos (58%), sendo a folga de
descanso durante a semana, enquanto 27% não aceitariam.
39% dos consumidores costumam fazer compras aos domingos e feriados.
A abertura do comércio aos domingos e feriados favorece não somente as vendas,
mas também ajuda aquela parcela da população que trabalha durante a semana e
muitas vezes só conta com os domingos para fazer suas compras em supermercados,
lojas de rua e shoppings.
De acordo com a pesquisa, 39% dos entrevistados costumam fazer compras aos
domingos e feriados. Outros 39% compram apenas às vezes e 18% não têm esse
costume.
Metodologia
A pesquisa ouviu 600 brasileiros residentes em todas as capitais, com idade
igual ou superior a 18 anos, ambos os sexos e todas as classes sociais. O
levantamento foi realizado pela internet em pontos de fluxo de pessoas,
considerando as 27 capitais do país. A margem de erro é de 4,0 pontos
percentuais para um intervalo de confiança a 95%.
Baixe a íntegra da pesquisa em https://www.spcbrasil.org.br/pesquisas.
PP
4.0 – Com investimento total de R$ 3,7 milhões ao longo de dois anos, o
projeto prevê três tipos de eventos que irão percorrer todas as regiões do
país. São encontros com objetivo de qualificar lideranças para ações de
Relações Institucionais e Governamentais (RIG) com foco no estímulo às
articulações locais; encontros para fomento ao desenvolvimento local e regional
por meio da articulação das lideranças do varejo e elaboração de propostas de
Políticas Públicas; e encontros para mobilização empresarial para debater
fundamentos essenciais ao desenvolvimento sustentável de negócios e empresas.
Ao longo do período do convênio, serão realizados 36 encontros, 12 de cada
tipo.
Os fóruns são conduzidos por especialistas em cada tema a fim de estimular o
debate e a consolidação de fundamentos essenciais aos líderes do setor de
comércio e serviços, como protagonismo, ética e associativismo. Também serão
promovidos 12 estudos e pesquisas com objetivo de embasar a formulação de
políticas públicas com foco nas micro e pequenas empresas do setor. Além disso,
será desenvolvida uma plataforma digital de articulação política – um sistema
online inédito no Brasil que permitirá acompanhar projetos, estruturar demandas
e ao mesmo tempo mobilizar lideranças e conectar atores públicos e privados.
CNDL – Criada em 1960, a CNDL é formada por Federações de Câmaras de
Dirigentes Lojistas nos estados (FCDLs), Câmaras de Dirigentes Lojistas nos
municípios (CDLs), SPC Brasil e CDL Jovem, entidades que, em conjunto, compõem
o Sistema CNDL. É a principal rede representativa do varejo no país e tem como
missão a defesa e o fortalecimento da livre iniciativa. Atua institucionalmente
em nome de 500 mil empresas, que juntas representam mais de 5% do PIB
brasileiro, geram 4,6 milhões de empregos e movimentam R$ 340 bilhões por ano.
SPC Brasil - Há 60 anos no mercado, o SPC Brasil possui um dos mais
completos bancos de dados da América Latina, com informações de crédito de
pessoas físicas e jurídicas. É a plataforma de inovação do Sistema CNDL para
apoiar empresas em conhecimento e inteligência para crédito, identidade digital
e soluções de negócios. Oferece serviços que geram benefícios compartilhados
para sociedade, ao auxiliar na tomada de decisão e fomentar o acesso ao
crédito. É também referência em pesquisas, análises e indicadores que mapeiam o
comportamento do mercado, de consumidores e empresários brasileiros,
contribuindo para o desenvolvimento da economia do país.
Por
Marina Barbosa | Edição: Jornal da Parnaíba
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