No
cálculo, foram incluídas as 31 cidades do litoral brasileiro classificadas na
categoria A pelo Ministério do Turismo – as que recebem mais visitantes, geram
mais empregos no setor e têm mais leitos de hospedagem.
Um
levantamento divulgado recentemente pelo Jornal Folha de São Paulo apontou que
42% das principais cidades que possuem praias no Brasil estão em situação
impropria para banho. No cálculo, foram incluídas as 31 cidades do litoral
brasileiro classificadas na categoria A pelo Ministério do Turismo – as que
recebem mais visitantes, geram mais empregos no setor e têm mais leitos de
hospedagem.
Segundo
o levantamento, o Piauí ficou de fora do estudo porque o governo não repassa
dados que medem a qualidade da água das praias piauienses. Nos municípios que
tiveram os dados coletados, 663 pontos monitorados tiveram a água avaliada como
ruim ou péssima entre novembro de 2018 e outubro de 2019. Isso quer dizer que
esses trechos de mar estavam impróprios para banho em ao menos uma em cada
quatro medições feitas no período.
Praia
da Pedra do Sal está liberada para banho. (Foto: Arquivo O Dia)
Áreas
impróprias para banho podem causar problemas de saúde, sobretudo doenças
gastrointestinais ou de pele, como micoses. Outros focos de contaminação - que
não são considerados nesta análise - podem ser a presença de lixo na areia e o
vazamento de óleo que atingiu o litoral nordestino no último semestre.
As
informações, que são coletados pelo jornal em parceria com os governos
estaduais há quatro anos, indicam uma piora de 5%. No ano passado, 40% dessas
praias consideradas prioritárias estavam ruins ou péssimas, e em 2016 e 2017,
35%. Os números assustam ainda mais quando se considera todos os mais de mil
pontos monitorados no litoral brasileiro: 35% foram classificados como sujos
neste ano, sendo que quatro anos atrás eram 29%.
Ainda
segundo o estudo divulgado pela Folha, foram seguidas normas federais no
levantamento que diz que um trecho é considerado próprio se não tiver
registrado mais de 1.000 coliformes fecais para cada 100 ml de água na semana
de análise e nas quatro anteriores. Como método de avaliação anual, foi adotado
o Cetesb (órgão ambiental de SP), que classifica as praias a partir dos testes
semanais. Nos dois extremos estão as boas, próprias em todas as medições, e as
péssimas, impróprias em mais da metade das medições.
Segundo
a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semar), órgão responsável
pela balneabilidade das praias do Piauí, todas as praias do litoral
piauiense estão próprias para banho. Praias como Atalia, Peito de
Moça e Pedra do Sal ficaram interditadas neste ano devido o aparecimento de
manchas de óleo.
Procurada
pelo Portal O Dia para comentar a situação da qualidade da água das praias e
também o repasse das informações para o estudo, o órgão, por meio da
assessoria, não atendeu as ligações. O espaço permanece aberto para
esclarecimentos.
Por: Adriana
Magalhães e Jorge Machado com informações da Folha de São Paulo/O Dia
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