Após
uma batalha jurídica, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) determinou
que a Corregedoria do Piauí investigue o promotor de Luiz Correia, Galeno
Aristóteles Coelho Sá.
Conselho Nacional do Ministério Público |
O
promotor foi denunciado por abuso de autoridade ao dá voz de prisão para o
delegado Eduardo Ferreira, dentro da delegacia, durante operação terra Nullius,
que ocorreu em maio.
O
promotor acusou Eduardo Ferreira de vazamento de informação. O delegado nega.
No meio da confusão, o promotor Galeno além de tentar prendê-lo, ele apreendeu
a arma e o celular funcional de Eduardo Ferreira. O delegado denunciou que
ficou cerca de 1hora e meia detido dentro de seu gabinete.
Promotor
Galeno Aristóteles Foto Ascom MPE/PI |
Havia
uma Sindicância aberta para apurar a postura do promotor, mas estava parada
aguardando uma posição do Conselho Nacional.
“O
processo de reclamação disciplinar foi suspenso por 30 adias no Conselho
Nacional e determinou que a Corregedoria do Ministério Público do Piauí
investigue. A decisão será comunicada de hoje para amanhã ao MPE do Piauí”,
disse a assessoria do CNMP.
O
Sindicato dos Delegados da Polícia Civil ingressou com representação no
Conselho Nacional do Ministério Público por abuso de autoridade contra o
promotor de Luiz Correia.
“O
promotor invadiu o gabinete, sem mandado de justiça e deu voz de prisão para o
delegado. Foi abuso de autoridade, uma extrema ilegalidade e o Conselho
Nacional do Ministério Público já aceitou a denúncia”, disse o assessor
jurídico do Sindicato dos Delegados, Hilton Júnior.
O
corregedor geral de Justiça, Luiz Francisco Ribeiro, informou que a sindicância
para apurar a conduta do promotor Galeno Aristóteles está parada. Houve um
questionamento por parte do promotor e a Corregedoria aguarda uma posição do
Conselho Nacional do Ministério Público, em Brasília.
“O
promotor alegou que o fato investigado já é objeto no Conselho Nacional. Por
prudência paralisei a sindicância até chegar uma ordem por escrito do Conselho
Nacional de que deve prosseguir na investigação”, disse o corregedor.
A
Sindicância já tinha sido paralisada anteriormente. O juiz de Parnaíba proibiu
que a Corregedoria investigue o promotor. O Tribunal de Justiça derrubou a
decisão e determinou que a Corregedoria investigue.
Essa
semana, o MPE do Piauí receberá a decisão do Conselho e dará andamento a
Sindicância.
“Aqui
não se olha capa de processo, não fazemos diferença entre processo ‘A’ ou ‘B’,
o que chegar é apurado imediatamente”, adverte o corregedor Luiz
Francisco.
A reportagem tentou falar com o promotor, mas não conseguiu
e deixa o espaço aberto para esclarecimentos.
Por:
Yala Sena/CidadeVerde | Edição: José Wilson/Jornal da Parnaíba
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