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Ainda neste ano, a Anvisa deverá
abrir uma consulta pública para regulamentar os testes laboratoriais remotos
(TLRs) nas farmácias brasileiras. Essa é a aposta dos profissionais do mercado
farmacêutico que participaram na última quinta-feira, dia 1º de agosto, de um
Diálogo Setorial promovido pela agência em Brasília, no intuito de coletar
críticas e sugestões sobre a aplicação desses exames.
As contribuições recebidas
durante o encontro nortearão as próximas etapas de atualização do marco
regulatório, que contempla a reformulação do capítulo referente aos serviços
farmacêuticos da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 44, de 2009; e da RDC
302/2005, que trata sobre as normas sanitárias para implementação das salas
clínicas nas farmácias.
“O evento abriu a oportunidade
para esclarecer pontos nebulosos sobre a realização dos serviços e também
evidenciou sua viabilidade nas farmácias. Isso exigirá a adoção de critérios de
qualidade para garantir a confiabilidade dos testes e também de normas de
capacitação do farmacêutico”, avalia Cassyano Correr, coordenador do programa
de assistência farmacêutica avançada da Abrafarma, que representou o varejo
farmacêutico.
Correr lembra que já existem leis
estaduais e municipais que habilitam a realização dos testes em farmácias, caso
do Distrito Federal e da cidade de Sorocaba (SP). Também há projetos de lei em
discussão em Curitiba, Porto Alegre e Rio de Janeiro. “Mais de 94% dos
farmacêuticos brasileiros aprovam esse serviço, segundo uma pesquisa que
conduzimos em parceria com a Sociedade Brasileira de Farmacêuticos e Farmácias
Comunitárias (SBFFC). "É uma operação fundamental para detectar problemas
clínicos com mais celeridade e desafogar o atendimento na rede pública”,
observa.
Leandro Rodrigues Pereira,
titular da Gerência Geral de Tecnologia de Produtos para Saúde (GGTPS),
vinculada à Anvisa, ressaltou a importância da revisão regulatória. “Esse
dispositivo viabiliza que os testes laboratoriais sejam colocados em prática de
forma ágil, com segurança e mais próximos das necessidades do paciente”,
destaca.
Fonte: Panorama
Farmacêutico l Edição: Jornal da Parnaíba
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