Vítima
disse que agressor a ameaçou de morte e de atear fogo em seu corpo.
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A jovem acadêmica de História da Uespi teve vários cortes nos braços e mãos |
Momentos
que não vão ser esquecidos pela jovem de iniciais T.A.C.S de 19 anos de idade.
Estudante do terceiro período de História da Universidade Estadual do Piauí –
campus Parnaíba, ela contou ao blog Extra Parnaíba como tudo aconteceu na noite
da última sexta-feira (03/05), em uma das salas da instituição.
O
agressor identificado como Gleisson Rodrigues dos Santos, de 22 anos, também
estudante de História, tentava há algum tempo ter um namoro com a jovem. As
conversas entre os dois sempre aconteciam na universidade e segundo a vítima,
ele teria demonstrado nos últimos meses, bastante ciúmes, principalmente de
colegas de sala.
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Gleisson Rodrigues dos Santos, está preso preventivamente e aguardará julgamento na prisão |
Mas
na última sexta-feira, a garota que chegou atrasada ao campus, não imaginava o
que estava prestes a acontecer. Gleisson a chamou para conversar e ao passar
por uma das salas e após ter percebido que o espaço estava vazio, a empurrou,
fechou a porta e desferiu um soco no rosto da vítima. Ele tirou duas facas da
mochila, uma do tipo serrinha de cozinha e uma outra maior. “Eu perguntei o que
estava acontecendo e ele me disse que aquilo já era para ter acontecido na
última quinta-feira, mas eu não tinha ido a aula”.
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A
partir de então, o acusado seguiu com a tortura. A vítima gritou por socorro,
foi ouvida por pessoas que estavam próximas a sala. A segurança do campus foi
acionada. Mas enquanto isso, ele tentava “retalhar” a estudante com uma das
facas. A golpeou várias vezes. “A minha sorte é que a faca não estava tão
amolada. E enquanto eu tentava impedir, os meus dedos também ficaram machucados
pela lâmina”, disse ela bastante abalada.
A
segurança do campus tentou convencê-lo a sair do local, mas o agressor disse
que só sairia mediante presença da Polícia Militar e se alguém tentasse entrar,
ele a mataria. O celular da estudante foi completamente destruído por Gleisson
para impedi-la de tentar contato com a família.
Veja matéria completa com Kairo Amaral para o PITV 2ª Edição.
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Já
cortada em vários pontos do braço e com dores, a tortura parecia não ter fim!
Gleisson retirou um frasco da mochila com um líquido transparente e segundo a
vítima, ele disse que atearia fogo em seu corpo. “Pensei que ia morrer”, disse
a menina com voz embargada.
A
polícia ao chegar na instituição, negociou com o agressor, que pediu alguns
minutos com a vítima. Nesse momento, segundo ela, ele a fez fumar, tirou a sua
blusa e tocou suas partes íntimas. “Ele disse que só não me estupraria porque
não estava no clima”.
A
vítima relatou ainda que durante toda a ação, Gleisson demonstrou frieza. “Ele
não se importou comigo, nem com a minha família. Eu quero que ele pague por
tudo o que ele fez. Eu estou machucada em todos os sentidos. Não foi só
agressão física”.
Ao
sair da sala e se entregar a polícia, o acusado foi encaminhado a Central da
Flagrantes. A jovem foi socorrida pelo Samu e levada para o Hospital Estadual
Dirceu Arcoverde.
A família,
que está revoltada com toda a situação, relatou ao blog que, se sentiu
incomodada ao chegar na delegacia. “Alguns comentários tentavam minimizar a
situação, referindo-se apenas à ela. Uma mulher nos disse que ela deveria mudar
de sala, se afastar do rapaz e outras falas inconvenientes”.
“Sempre
tive todo o cuidado com a minha filha, a atenção necessária, nunca saiu de casa
sem estar acompanhada, é uma moça educada e não aceito que isso esteja
acontecendo com ela. Vou buscar justiça! Quero que ele seja expulso da Uespi e
que fique preso”, disse a mãe.
Informação
Hoje aconteceu a audiência de custódia do acusado, onde o juiz converteu a
prisão em flagrante para preventiva, ou seja, responderá o processo preso.
Por
Tacyane Machado – Blog Extra Parnaíba
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