Professores
celetistas do estado dizem estar há dois meses sem receber salários. A
Secretaria Estadual de Educação (Seduc) diz que tem conhecimento do problema e que a situação será discutida no Palácio de Karnak.
Professores celetistas do estado estão há dois meses sem receber salários Foto: Reprodução/Rede Clube |
Professores
celetistas da rede estadual de ensino do Piauí reclamam do atraso no pagamento
de salários. Segundo a categoria, os docentes estão há mais de dois meses sem
pagamento. Por conta da situação, alguns profissionais realizaram protesto na
cidade de Cocal, no Norte do estado. A Secretaria Estadual de Educação (Seduc)
diz que tem conhecimento do problema e diz que a situação será discutida.
O
atraso acontece em várias cidades piauienses, segundo a categoria. Éverton
Azevedo é professor celetista em Buriti dos Lopes e reclama do descaso por
parte do governo. "Quero alguma resposta se vão pagar a gente. Isso
atrapalha a vida da gente, nós trabalhamos para receber", disse.
"O
trabalho é dobrado porque temos que dar conta e ministrar aulas nos três
turnos. O estado quer qualidade de ensino. Sou efetiva, mas tenho meu trabalho
prejudicado devido à situação dos colegas. A gente compreende, mas precisa de
uma solução porque na escola há apenas quatro professores efetivos para dar
conta de todas as turmas", reclamou a professora.
Professores
celetistas do estado estão há dois meses sem receber salários — Foto:
Reprodução/Rede Clube
A
situação é grave e muitos professores estão abandonando o magistério e vendendo
produtos para arcar com as despesas de casas. Germana Machado, contou que foi
necessário vender produtos para não passar fome. "Temos que ter outras
fontes de renda".
Gabriel
Luís Mares, professor celetista, deixou a sala de aula e foi para a BR vender
água e doces para sustentar a família. "Eu tive que parar de dar aulas com
regularidade porque precisava sustentar minha família. Tenho uma filha de três
anos", afirmou.
Na
maioria dos casos, os professores precisam se deslocar por estradas vicinais
custeando as despesas do transporte para poder dar aula.
Em
Cocal, os professores foram às ruas protestar. Ravenna Rodrigues disse que os
docentes trabalharam três meses e receberam somente um mês de pagamento.
"Não temos nem data de quando vamos receber o restante", disse.
A
estudante Patrícia Maria Machado participou da manifestação em Cocal. Ela foi
para a rua usando cartazes de apoio à manifestação dos professores.
"Estamos sem aulas, isso prejudica nosso desempenho no vestibular. Isso
aqui é nosso futuro", disse.
O
problema não atinge somente o Norte do estado. Em São Raimundo Nonato, região
Sul do Piauí, acontece a mesma coisa. Uma professora que prefere não se
identificar denuncia a falta de compromisso com a educação.
"A
situação está se tornando insustentável. A subsistência e a sobrevivência das
nossas famílias, a manutenção das nossas famílias está comprometida",
declarou.
A
Secretaria Estadual de Educação (Seduc) diz que tem conhecimento do problema e
diz que a situação será discutida no Palácio de Karnak com outras pastas, já
que isso envolve órgãos financeiros do estado.
Fonte:
Bom Dia Piauí/TV Clube
Edição: Jornal da Parnaíba
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