domingo, agosto 19, 2018

Rejane e Wellington já sabiam de investigação

Ex-secretária de educação e atual governador sabiam que empresa era investigada pela PF quando fizeram licitação que beneficiou o esquema 
Wellington Dias e Rejane Dias sabiam que a LOCAR Transportes estava sendo investigada pela PF e, mesmo assim, licitações podem ter sido direcionadas para principal empresa do esquema de desvio do transporte escolar (foto: Jailson Soares | PoliticaDInamica.com)
Como já se sabe, a Operação Topique teve início numa denúncia feita por um vereador de Campo Maior, em 2013. E pelo menos desde 2015, o governador Wellington Dias (PT) e a ex-secretária de Educação Rejane Dias (PT) sabiam que a empresa LOCAR Transportes era investigada pela Polícia Federal. Mesmo assim, a empresa se tornou a campeã de licitações e pagamentos dentro das gestões dos petistas.
Já em janeiro de 2015, Alzenir Porto, à frente da JUCEPI, recebeu da Polícia Federal solicitação de informações sobre a LOCAR Transportes e comunicou ao governador Wellington Dias (foto: Jailson Soares | PoliticaDInamica.com)
Se desvios de recursos aconteceram nos últimos anos, o governador Wellington Dias já poderia desconfiar desde 2015, no mínimo. Já no seu primeiro mês de gestão, a presidente da Junta Comercial do Piauí, Alzenir Porto recebeu da Polícia Federal um ofício solicitando informações da LOCAR Transportes. Alzenir demorou mais de dois meses para responder e encaminhar os documentos da empresa à PF.
Alzenir Porto demorou dois meses para responder a solicitação da Polícia Federal com as informações sobre a LOCAR Transportes (imagem: reprodução)
Certamente não há de se pensar que ela não tenha comunicado o fato ao governador Wellington Dias. Mesmo com a empresa sob suspeitas e vigilância da PF, o governo — dentro e fora da SEDUC de Rejane Dias — se manteve contratando aluguel de veículos com a LOCAR.

Um outro indício forte de que os pregões do Estado eram direcionados para a empresa foi logo a primeira licitação de 2015, o Pregão Presencial Nº 01/2015. A Procuradoria-Geral do Estado recomendou aos gestores da SEDUC que fizessem um pregão eletrônico, abrindo a possibilidade de concorrência ampla e, claro, maior possibilidade de preços mais baratos.
O atual secretário de Educação Helder Jacobina era o superintendente de Gestão quando forçou a realização de um pregão presencial contrariando recomendação da PGE (foto: Jailson Soares | PoliticaDinamica.com)
Helder Jacobina (então superintendente de Gestão) e o Tenente-coronel Ronald Moura forçaram argumentos contra a recomendação da própria PGE para a realização do pregão presencial. Todas as empresas vencedoras desse pregão são investigadas pela PF e fazem parte do esquema da LOCAR Transportes.
Promovido à patente de Tenente-Coronel por influência da deputada federal Rejane Dias, Ronald Moura também trabalhou para que licitação de transporte escolar beneficiasse empresas do esquema da LOCAR (foto: Jailson Soares | PoliticaDinamica.com)
Por Marcos Melo/Política Dinâmica | Edição: Jornal da Parnaíba

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