quinta-feira, agosto 02, 2018

Interventora do Parnahyba aguarda nova decisão judicial para assumir clube

Celina Olivindo recebe notificação para conduzir Azulino até novo processo eleitoral, mas decisão do Tribunal de Justiça – que conduziu vice à presidência interina – impede ato: “Tenho que esperar”.
Presidência Parnahyba segue sem nome após novo despacho (Foto: Renan Morais)
A batalha judicial que derrubou Batista Filho do comando do Parnahyba segue com imbróglio na Justiça e, consequentemente, sem definição de quem vai assumir o clube. Um dia após receber a intimação para tomar posse da presidência do Tubarão de forma interina, a administradora Celina Maria Olivindo, nomeada como interventora azulina pela da 1ª Vara da Comarca de Parnaíba, acabou impedida após a despacho do desembargador Oton Mário Lustosa, do Tribunal de Justiça. Esse foi mais um capítulo de um impasse que começou em maio, quando Batista foi afastado do cargo por irregularidades na eleição e não prestar contas durante mandato.

De acordo com Celina, os advogados de defesa e acusação entraram com novas prerrogativas na esfera judicial, e os próximos passos serão determinados.
Petrarca Alelaf  e Leony Veras, o "Gringo" representam a chapa de oposição que perdeu a última eleição para a diretoria do Parnahyba e que acionou a justiça (Foto: José Wilson / Jornal da Parnaíba)
- Quinta-feira fui intimada pelo juiz da 1ª vara Cível (Georges Cobiniano Sousa de Melo). Ao chegar lá, fui informada de que assumiria o clube. Porém, no dia seguinte, recebi uma ligação informando que o advogado de uma das partes havia entrado com um pedido em Teresina. Após isso me pediram apenas para esperar porque os advogados estão entrando com novas prerrogativas – explicou a administradora, professora de administração da Universidade Federal do Piauí (UFPI).

Com a última decisão do Tribunal de Justiça, quem fica responsável pelo levantamento dos dados para a prestação de contas do Parnahyba é presidente interino Osvaldo Brandão. Toda a documentação deve ser enviada à Justiça em prazo determinado pelo juiz. Contudo, há interpretações distintas dos advogados de Batista e Gringo.

O que diz a defesa de Batista?
Com a nova determinação do desembargador, quem deve assumir o Tubarão de forma interina é o vice-presidente Osvaldo Brandão. Porém, isso só deve acontecer após intimação do juiz da 1ª vara cível de Parnaíba, segundo o advogado do clube, Miguel Bezerra. A defesa de Batista ainda tenta ações na justiça para que o dirigente volte a comandar o Parnahyba.

- Por força maior do agravo do desembargador de Teresina, o Osvaldo vai assumir o cargo na presidência. Mas vamos tentar ir mais além e retornar o Batista ao cargo. Ele (Osvaldo Brandão) não assumiu ainda porque precisa ser intimado. Enquanto isso, vamos contestar a ação porque ela continua. O que estamos discutindo aqui é apenas a liminar que derrubou o presidente. Posteriormente, vamos entrar com um novo recurso – disse o advogado azulino.


Gringo, à direita, move ação contra Batista Filho, após derrota nas elições do clube ano passado (Foto: José Wilson/Jornal da Parnaíba)

O que diz a defesa de Gringo?
Thiago Menezes, advogado de Gringo, mantém a interpretação de que a intervenção não foi derrubada pelo despacho do desembargador, situação defendida pelos advogados de Batista.

Segundo Thiago, Celina não assumiu ainda porque o juiz da 1ª Vara da Comarca de Parnaíba não recebeu a decisão de forma oficial.

- Semana passada, o sistema da justiça teve um problema. Por conta disso, o juiz ainda não havia recebido de forma oficial a decisão do desembargador. Somente depois disso ele deve encaminhar que Celina assuma o clube. Mesmo assim, vamos entrar com um agravo interno contestando a decisão do desembargador – disse o advogado.

Batista x Gringo
A presidência do Parnahyba foi alvo de ação na Justiça depois que Leony Veras, o Gringo, moveu uma ação questionando, além da validade da eleição presidencial na qual foi derrotado, a transparência na prestação de contas da gestão de Batista Filho.

Derrotado nas eleições presidenciais em outubro do ano passado, Gringo levantou suspeitas de fraude no pleito que prolongou por mais dois anos o mandato de Batista Filho. No processo movido pelo ex-jogador, Batista foi denunciado também pela ausência na prestação de contas de patrocínios oriundos da Prefeitura Municipal de Parnaíba.

Fonte: G1/PI | Edição: Jornal da Parnaíba

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