Com quase 50 dias da segunda greve dos professores em 2018, ano letivo
pode ser anulado no Piauí; A falta de aulas por mais tempo pode impossibilitar
a reposição da carga horária neste ano, segundo o Sindicato dos Trabalhadores
em Educação Pública do Piauí.
Servidores da educação decidem continuar greve no Piauí. (Foto: Divulgação/Sinte-PI) |
O ano letivo pode ser anulado no Piauí devido a greve dos professores,
que completa 47 dias nesta quarta-feira (25). A categoria busca reajuste
salarial de 6,8% e 3,95% para docentes e funcionários de escola,
respectivamente, ao invés dos 2,95% concedidos pelo governo do estado.
A falta de aulas durante o impasse pode impossibilitar a reposição da
carga horária neste ano, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em
Educação Pública do Piauí (Sinte-PI).
Procurado pelo G1, o governo do estado afirmou que o reajuste
concedido aos servidores foi o máximo permitido por lei em ano eleitoral, em
que não é permitido aumento acima da inflação.
Categoria decidiu continuar a greve em uma após assembleia geral. (Foto: Divulgação/Sinte-PI) |
“Corre o risco de termos o período letivo declarado como perdido,
porque se continuar como está não vamos ter dias letivos o suficiente para
compensar os dias de greve. Então não vai ter como cumprir com a carga horária
e é por isso que a gente quer que a Justiça se manifeste, já que o governo não
o faz”, informou o vice-presidente do Sinte, Kássio Lages.
A classe quer que a justiça determine o cumprimento do acordo judicial
firmado com o governo do estado. No acordo ficou definido reajuste de 6,81%
para professores e 3,15% para funcionários. O governo, no entanto, pagou 2,95%,
o que levou à insatisfação da categoria, que decidiu pela cessação coletiva e
voluntária do trabalho.
A última assembleia da categoria ocorreu na terça-feira (24), onde foi
decidido dar continuidade à greve. Os trabalhares da educação planejam uma nova
reunião para decidir sobre o movimento no dia 1º de agosto.
“Antes disso vamos percorrer a cidade entregando à população uma carta
com nossas pautas. Porque não é só sobre valorização profissional, é preciso
também de estrutura nas escolas e que o transporte escolar funcione, por
exemplo”, finalizou Kássio Lages.
Por Lucas Marreiros, G1 PI | Edição: Jornal da Parnaíba
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