Superlua azul de sangue com eclipse: 150 anos de
espera para o céu desta quarta-feira. Neste 31 de janeiro, a lua mais brilhante
e com aspecto maior poderá ser vista no Brasil. Demais fenômenos só serão observados
majoritariamente em zonas do hemisfério norte
Nesta quarta-feira, 31 de janeiro, o céu estará
como não se via há 150 anos. O fenômeno da Superlua, que já aconteceu no
comecinho do mês, volta, agora acompanhado de um eclipse lunar, uma Lua de
Sangue e uma Lua Azul. A última vez em que isso ocorreu foi em 1866 e a próxima
vez será em 31 de janeiro de 2037. No Brasil, de acordo com a Nasa, apenas
cidades do Norte do país, a maioria no Estado do Acre, poderão ver o
eclipse lunar. O que será visível no território brasileiro é Superlua e a Lua
Azul. Entenda cada um dos fenômenos.
Superlua
A órbita da Lua é elíptica, e um lado (apogeu) está
cerca de 50.000 quilômetros mais distante da Terra do que o outro mais próximo
(perigeu). Portanto, durante os 28 dias de ciclo lunar, o satélite às vezes se
encontra mais próximo de nós do que outras vezes. A Superlu ocorre quando
o momento de maior aproximação é, além disso, o momento em que há Lua cheia.
Seu tamanho será entre 10% e 15% superior ao habitual. Segundo os astrônomos,
nem todo mundo consegue.
Lua Azul
Considera-se que uma Lua cheia é uma “Lua Azul”
quando duas luas cheias acontecem no mesmo mês. Como em janeiro já tivemos uma
Lua cheia no início do mês (outra Superlua entre 1º e 2 de janeiro) esta
segunda Lua cheia é, além disso, uma “Lua Azul”.
Por outro lado, no dia 31 de janeiro acontece um
terceiro fenômeno, menos comum do que a Superlua e a Lua Azul: a Terra, o Sol e
a Lua estarão alinhados, resultando em um eclipse lunar total. A Lua cheia
coincide com o momento em que a Lua entra na sombra da Terra, produzindo assim
um eclipse.
O eclipse, no entanto, não será visível em todo o
planeta. Não poderá ser visto na América do Sul, na África e na Europa
Ocidental, mas será visível América do Norte durante a madrugada de 31 de
janeiro. Na Ásia, Austrália, Nova Zelândia e leste da Rússia será possível ver
o eclipse lunar total.
Lua de Sangue
O último fenômeno astronômico deste 31 de janeiro é
a Lua de Sangue. Durante o decorrer do eclipse, a atmosfera da Terra filtrará a
luz azul e verde dos raios solares, mas deixará passar a luz vermelha. Por isso
a Lua ficará tingida pelo reflexo do brilho avermelhado que chegará procedente
da nossa atmosfera. Portanto, essa Lua de Sangue será visível apenas nas partes
do planeta onde o eclipse puder ser visto.
Por Patricia Muñoz de La Llave/El País | Jornal da Parnaíba
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