Além dos catadores, outra atividade econômica de
destaque é das marisqueiras.
O Piauí pode ter o menor litoral do país - apenas
66 quilômetros, mas exibe o maior delta do mundo. Sua grande atração natural é
o belo conjunto formado por 70 ilhotas que oferecem praias, dunas clarinhas e
lagoas de água doce.
Durante a estadia em Parnaíba, a equipe do Sebrae também
acompanhou os jornalistas em uma visita ao Delta, saindo do Porto dos Tatus, em
Ilha Grande - Parnaíba. A visita foi feita de lancha, saindo do Rio Tatus,
entrando em Igarapé e chegando ao Rio Parnaíba. A parada foi na Ilha das
Canárias- a 2° maior ilha do Delta, onde encontra-se a Casa de Caboclo, um dos
pontos turísticos da ilha. Durante o passeio foi possível observar uma natureza
exuberante, com fauna e flora rica.
Na viagem pelo Delta também foi encontrado um
catador de caranguejo, que tira desta atividade o seu sustento. Segundo Elsio
Lima, só na região são 3.000 catadores, a maioria homens, desde os mais jovens
até os mais velhos.
José Carlos trabalha há cinco anos catando
caranguejo e consegue sustentar a mulher e dois filhos com a renda do trabalho.
“Nós catamos e vendemos no Porto dos Tatus, que fica em Ilha Grande. É bom
porque trabalhamos por nossa conta, fazemos nosso horário”, conta o catador que
vai até o local de barco. Ela também tem a consciência de que pode catar os
machos, mas não as fêmeas, devido ao período de reprodução.
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Segundo Elsio Lima, os catadores de caranguejos já
foram muitos discriminados na região, mas depois do surgimento de uma
cooperativa eles passaram a ter mais visibilidade. “Depois da cooperativa eles
realizaram o primeiro festival da região, que veio para valorizar a atividade,
elevar a autoestima deles e mostrar que eles têm importância dentro do Delta”,
destaca Elsio.
Além dos catadores, outra atividade econômica de
destaque é das marisqueiras. Atualmente existe uma associação das marisqueiras
na região que é composta por cerca de 50 mulheres. O Sebrae também atua no
apoio a esta atividade. “No caso das marisqueiras, recentemente, elas iniciaram
algumas ações de promoção da atividade em parceria com a Prefeitura local,
fizeram dois festivais e este ano fomos convidados a apoiar. Após o festival
nos comprometemos a dar uma assessoria para organizar melhor a associação e na
sequencia trabalhar essa promoção e valorização do marisco, levando um chefe de
cozinha para desenvolver pratos nos restaurantes e buscar os donos de barcos
para oferecer os mariscos, fazendo com que essas pessoas que vivem na região
possam ter benefícios com o turismo”, conta Elsio.
Por: Thauana Cavalcante/Capital Teresina | Edição: Jornal da
Parnaíba
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