Problemas surgidos com transporte escolar em
Parnaíba serão discutidos em audiência pública na Câmara Municipal.
Reunidos na tarde de ontem com a secretária
municipal de educação, Altair Marinho e com o secretário de governo, Carlos
Eduardo, um grupo de vereadores decidiu ampliar a discussão em torno de
problemas decorrentes da falta de contrapartida do governo do estado, no que
tange ao transporte escolar em Parnaíba, em virtude de ser apenas o município
quem atualmente está com a responsabilidade pelo transporte de alunos para suas
escolas. “Hoje, 70% dos alunos que o município transporta pertencem à rede
estadual de ensino”, informou a secretária Altair.
O vereador Reinaldo Filho sugeriu, na ocasião, que
fosse realizada uma audiência pública, na Câmara Municipal, a fim de que o
assunto seja compartilhado com a população e os meios de comunicação, por se
tratar de um assunto de extrema importância. “Temos que discutir isso agora, no
período de recesso escolar, porque é necessário que nossos jovens sejam
mantidos em suas escolas, evitando que fiquem nas ruas, fortalecendo os índices
de violência e de viciados”, pontuou. Todos os demais vereadores presentes concordaram
que a audiência seja realizada dia 6 de dezembro, no horário regimental, às
19h30min.
Por conta do grande número de alunos nos ônibus
“eles estão ameaçando as apoiadoras. Elas já evitaram até que meninos de 10
anos fizessem relações sexuais dentro do transporte”, denunciou a secretária
Altair. Ela disse também que quando falta o transporte em algumas escolas,
mesmo sendo da rede estadual, a culpa recai apenas sobre a prefeitura. “E isso
deve ser compartilhado, porque o Estado também recebe dinheiro para o
transporte escolar”, salientou.
Na mesma reunião foram tratados ainda diversos
outros temas ligados à educação, inclusive, sobre o compromisso do prefeito de
fazer da educação pública municipal um modelo para o Nordeste. A Secretária
Altair, por exemplo, citou como referência, a Escola Municipal Benedito dos
Santos Lima, que nem de transporte escolar precisa, por ter como clientela
alunos residentes nas imediações. “Temos que pegar as melhores diretoras,
ouvi-las e chamá-las para fortalecerem este propósito”, concluiu.
Edição: Jornal da Parnaíba
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