O Brasil gasta com Previdência Social em média 8%
do seu Produto Interno Bruto. Esses gastos são tão altos que o país caminha
para uma crise semelhante à vivida pela Grécia. A constatação é alarmante e é
feita por quem conheceu bem de perto o sistema previdenciário do país.
Economista e diretor-executivo na FenaSaúde, José Cechin foi ministro da
Previdência no último ano do governo Fernando Henrique Cardoso.
Cechin anda assustado com os rumos das contas
públicas no Brasil. Na crise em que se afundaram em 2009, os gregos gastavam
com aposentados e pensionistas quase o mesmo percentual que hoje coloca no
vermelho o caixa brasileiro.
Reflexo nos estados
No Brasil, o reflexo da má administração pública e do excesso de gastos com a Previdência já são sentidos por estados como o Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul. O Rio está falido. Não tem dinheiro para pagar aposentados nem professores, que estão com seus rendimentos atrasados.
No Brasil, o reflexo da má administração pública e do excesso de gastos com a Previdência já são sentidos por estados como o Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul. O Rio está falido. Não tem dinheiro para pagar aposentados nem professores, que estão com seus rendimentos atrasados.
“Tesouros também falem. Eles, na verdade, falem
antes da Previdência. Na verdade, eles são levados à falência pelos excessivos
gastos previdenciários – que foi o caso da Grécia. Se a gente dormir no ponto,
não mudar as regras de elegibilidade, formação de valor, nós poderemos chegar
ao ponto sim que todo o dinheiro da União terá que ser usado para pagar
aposentadoria”, alertou Cechin.
O governo costura, junto com o relator da comissão
especial da Reforma da Previdência, Arthur Maia, do PPS da Bahia, um texto
capaz de ser votado e aprovado pela Câmara dos Deputados. O esforço é para que
a proposta entre na pauta do plenário antes do recesso, que começa em 23 de
dezembro.
Por Hédio Júnior | Jornal da Parnaíba
Nenhum comentário:
Postar um comentário