Depois de retirada da Comissão de Constituição e
Justiça, a Mensagem de n° 40 do governo do estado, que estabelece aumento da
alíquota de impostos, vai ser discutida hoje pelo setor produtivo na sede da
Federação das Indústrias do Piauí. A medida, tal como foi apresentada, caiu
como uma bomba sobre a classe empresarial.
A alta carga tributária, o peso da burocracia e a
insegurança jurídica são fatores que comprometem a competitividade do
empresariado brasileiro. De fato, não é fácil empreender no Brasil que, como se
não bastassem todos esses obstáculos, ainda enfrenta uma crise econômica sem
precedentes.
Em vez de estimular as empresas, no entanto, o
Estado procurou o caminho mais fácil, que é o de aumento de impostos. A
mensagem enviada pelo Karnak propõe aumento nos setores da telefonia, energia,
combustíveis e cigarros. Ora, energia, combustíveis e telefonia fazem parte da
infraestrutura necessária para qualquer empresa produzir. Se o governo aumenta
o imposto incidente sobre esses insumos, o empresário, que já está com a corda
no pescoço, vai a nocaute. Se mais empresas fecharem as portas, mais piauienses
serão demitidos, aumentando ainda mais o contingente de desempregados que
deixará de consumir e, assim, fecha-se um ciclo de estagnação.
Antes de propor novos aumentos para cobrir um
déficit que não para de crescer, o Estado precisa fazer o dever de casa,
cortando despesas, diminuindo o inchaço da máquina pública e otimizando
resultados, coisa que qualquer empresário sabe de cor.
Por: Cláudia Brandão | Edição: Jornal da Parnaíba
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