quarta-feira, outubro 11, 2017

O piauiense não pode pagar o pato

Depois de retirada da Comissão de Constituição e Justiça, a Mensagem de n° 40 do governo do estado, que estabelece aumento da alíquota de impostos, vai ser discutida hoje pelo setor produtivo na sede da Federação das Indústrias do Piauí. A medida, tal como foi apresentada, caiu como uma bomba sobre a classe empresarial.

A alta carga tributária, o peso da burocracia e a insegurança jurídica são fatores que comprometem a competitividade do empresariado brasileiro. De fato, não é fácil empreender no Brasil que, como se não bastassem todos esses obstáculos, ainda enfrenta uma crise econômica sem precedentes.

Em vez de estimular as empresas, no entanto, o Estado procurou o caminho mais fácil, que é o de aumento de impostos. A mensagem enviada pelo Karnak propõe aumento nos setores da telefonia, energia, combustíveis e cigarros. Ora, energia, combustíveis e telefonia fazem parte da infraestrutura necessária para qualquer empresa produzir. Se o governo aumenta o imposto incidente sobre esses insumos, o empresário, que já está com a corda no pescoço, vai a nocaute. Se mais empresas fecharem as portas, mais piauienses serão demitidos, aumentando ainda mais o contingente de desempregados que deixará de consumir e, assim, fecha-se um ciclo de estagnação.

Antes de propor novos aumentos para cobrir um déficit que não para de crescer, o Estado precisa fazer o dever de casa, cortando despesas, diminuindo o inchaço da máquina pública e otimizando resultados, coisa que qualquer empresário sabe de cor.

Por: Cláudia Brandão | Edição: Jornal da Parnaíba

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