Durante sete meses, de julho a meados de janeiro, a
praia de Barra Grande oferece ventos excelentes para a prática do esporte.
O kitesurf é um dos grandes atrativos turísticos e
de geração de renda no povoado de Barra Grande, município de Cajueiro da Praia,
litoral do Piauí. O esporte, que nasceu na Europa, mas se popularizou no Brasil
por volta dos anos 2000, é o tema de hoje (25) da série de reportagens sobre
turismo sustentável. A série destaca as ações do projeto Ecotur, desenvolvido
pelo Sistema O DIA de Comunicação, e as potencialidades do litoral
piauiense.
Daniel Ibiapina, proprietário de uma pousada em
Barra Grande e da primeira escola do Brasil a se credenciar à Associação
Brasileira de Kitesurf (ABK), destaca como o esporte impulsiona o
desenvolvimento turístico do município, que recebe pessoas do mundo
inteiro.
“A nossa região é a melhor do mundo para praticar o
esporte. Pessoas do Brasil inteiro, além de países como Polônia, Estados
Unidos, Noruega, França, Espanha, Portugal e Itália vêm ao Piauí, não em busca
do calor, mas dos nossos ventos e das praias excelentes. O Havaí é o melhor
lugar para praticar o surf e, para praticar o kitesurf, é no Piauí; então,
podemos chamar o Piauí de o Havaí do kitesurf ”, afirma Daniel Ibiapina.
Durante sete meses, de julho a meados de janeiro, a
praia de Barra Grande oferece ventos excelentes para a prática do esporte. Este
também é o período que mais recebe turistas, principalmente atletas em busca de
treinamento, além de ser palco de competições, como em 2014, quando foi
realizado o Campeonato Mundial de Kitesurf (PKRA).
“Chegamos a ter de sete a oito meses de ventos no
nosso litoral, o que é algo extraordinário e poucos locais do mundo têm mares
quentes e vento quase o ano todo. Por isso, a nossa região é a mais procurada
do mundo para a prática de kitesurf ”, pontua o empresário.
Além disso, o esporte pode ser praticado por
pessoas de todas as idades, tendo como únicos requisitos saber nadar,
exatamente por ser um esporte aquático, e ser maior que 10 anos, inclusive para
quem já pratica outra atividade e até mesmo quem nunca teve contato com
modalidades esportivas.
“E o kitesurf está crescendo muito, principalmente
entre as mulheres. Geralmente, é um esporte que no começo era mais radical, não
existia uma metodologia de ensino, mas conforme foi evoluindo, gradativamente,
isso foi mudando. As empresas foram criando equipamentos, facilitando o acesso
tanto de crianças, mulheres e idosos”, pontua Daniel Ibiapina.
Nos períodos em que os ventos não são tão
favoráveis para a prática do kitesurf, ainda há opções de stand-up, caiaque,
canoagem e passeios de barco como forma de diversão e lazer no litoral
piauiense.
Por: Isabela Lopes/Portal O Dia | Jornal
da Parnaíba
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