João Henrique (PMDB): “O Piauí parou no tempo! Em
muitos aspectos, o Piauí é pior hoje do que ontem”.
João Henrique, ex-ministro e vice-presidente do PMDB |
Durante o Café com Política na noite desta
segunda-feira (6), na sede do PSB, o ex-ministro e vice-presidente do PMDB no
Piauí, João Henrique, foi enfático ao afirmar que “O Piauí parou no tempo. Em
muitos aspectos somos pior hoje do que ontem”. Com o tema “O Piauí em
Movimento”, o advogado fez uma análise do contexto político e econômico
nacional, fazendo um paralelo com a atual situação do Piauí.
“O presidente Temer recebeu o país com um déficit
de R$170 milhões. No entanto, com a adoção de medidas eficazes, já podemos ver
perspectivas de melhora em vários setores. Tudo isso graças a medidas acertadas
como a reforma da previdência, a reforma administrativa que extinguiu 14.200
funções e cargos comissionados, a renegociação das dívidas estaduais, entre outras
decisões como a liberação do FGTS das contas inativas que vai proporcionar a
injeção de R$35 bilhões na economia brasileira”, enumera João Henrique.
Líderes da oposição no Piauí. |
Ao fazer um paralelo com a situação estadual, o
ex-ministro ressaltou as potencialidades do Piauí, com destaque para a produção
de energias renováveis e a produção agrícola. Muito embora, tamanha
prosperidade não seja alavancada através do apoio do Governo do Estado. “Muitas
obras paradas. Tem pelo menos três anos que o ex-governador Wilson Martins entregou
a primeira etapa da Transcerrados, 25km entregues e mais 25 prontos, e de lá
para cá só foram feitos mais 20km. O Governo festeja a produção, mas não se
preocupa com o seu escoamento. O Rodoanel foi quase concluído ainda no governo
do Wilson, mas ainda hoje não foi entregue, mesmo com o dinheiro tendo ficado
em caixa. O que o atual Governo faz é festejar obras que foram feitas ainda na
administração anterior ou que foram resultado dela, a exemplo do PIB – Produto
Interno Bruto”, reflete.
Na oportunidade, João Henrique apresentou alguns
dados em relação ao Piauí, que até 2014 ocupava a 7º posição entre os Estados
no quesito Segurança. Hoje estamos na 22º colocação. Na saúde, por exemplo,
ocupávamos a 15º posição, enquanto hoje caímos para a 25º. A folha de pagamento
estadual foi outro quesito em destaque, que passou de 88 mil contracheques em
2014 para 93 mil contracheques em 2016. “Isso significa um salto de R$295
milhões para R$373 milhões somente com o pagamento de pessoal. Sem falar na
dívida do Estado, que atualmente é de R$4,1 bilhões. Se o Piauí continuar do
jeito que vai, vamos acabar como o Rio de Janeiro”, compara.
Para o presidente estadual do PSB, o ex-governador
Wilson Martins, o momento atual pede uma discussão política mais aprofundada. “Enquanto
tem gente loteando cargos, a gente quer discutir as prioridades para o Estado e
para a população piauiense. Estamos no terceiro ano do atual Governo e a cada
dia são criados novos cargos e unidades gestoras que geram mais despesa para a
máquina. É um governo desorganizado do ponto de vista de monitoramento. Se não
fosse o dinheiro da repatriação, não haveria saldo nem para pagar a folha dos
servidores. Não deram conta de terminar nem o que estava quase pronto”,
argumenta.
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