Inscrições começam na madrugada desta terça (24); seleção é feita a partir do desempenho no Enem.
As inscrições para a primeira edição de 2017 do
Sistema de Seleção Unificada (Sisu) começam na madrugada desta terça-feira (24)
e vão até sexta-feira (27), de acordo com o Ministério da Educação (MEC). Serão
oferecidas 238.397 vagas em 131 instituições de ensino superior. O processo é
realizado no site http://sisu.mec.gov.br/,
onde já é possível consultar as vagas disponíveis.
Abaixo, listamos lista 13 dúvidas básicas que
mostram quais são os passos essenciais para participar do processo que utiliza
a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
No 1º semestre de 2017, Sisu vai oferecer 328.397
vagas de graduação em 131 universidades federais, institutos federais de
educação, ciência e tecnologia e instituições estaduais (Foto: Reprodução/MEC)
O Sisu seleciona os candidatos considerando as notas
no Enem, divulgadas na última quarta-feira (18). Podem participar
deste primeiro semestre, qualquer pessoa que tenha feito uma das três edições
do Enem em 2016. São oferecidas 328.397 vagas de graduação em 131 universidades
federais, institutos federais de educação, ciência e tecnologia e instituições
estaduais. Segundo o MEC, o aumento de vagas foi de 4,5% em relação ao primeiro
semestre de 2016.
Qual o prazo e como fazer a inscrição?
Até as 23h59 desta sexta-feira (27) é possível
fazer a inscrição e mudar as escolhas quantas vezes o estudante quiser. O
candidato deve acessar o site do Sisu (http://sisu.mec.gov.br/) e preencher os campos com número
de inscrição no Enem 2016 e senha. Em seguida, é possível visualizar as notas
no exame – divididas pelos campos de conhecimento.
Para fazer a inscrição, após visualizar seu
desempenho, o estudante deve realizar uma busca por curso, instituição de
ensino ou cidade. Ele precisa indicar a primeira e a segunda opção de curso a
que deseja concorrer.
É preciso ter nota mínima?
Sim, algumas instituições estabelecem uma nota
mínima para candidatos às suas vagas. O estudante precisa ficar atento porque
algumas universidades definem pesos diferentes para cada área de conhecimento.
Um curso de física, por exemplo, pode dar mais peso à nota de ciências da
natureza.
Por isso, caso não tenha atingido a nota para
determinada vaga, o sistema avisará que não é possível concluir o processo.
Qual a diferença de ampla concorrência e ações
afirmativas?
As ações
afirmativas estão garantidas pela lei federal prevê quatro tipos de
cotas: alunos de escola pública; para alunos de escola pública que tenham renda
familiar de até 1,5 salário mínimo; para alunos de escola pública que se
declarem negros, pardos ou indígenas; e para alunos de escola pública que
tenham renda familiar de até 1,5 salário mínimo e também se declarem negros,
pardos ou índios.
O candidato deve optar, na inscrição, se deseja
participar das vagas reservadas pela lei de cotas ou se concorrerá pelas
demais.
Desta parcela de vagas reservadas a quem estudou em
escola pública, metade é destinada àqueles com renda familiar bruta mensal por
pessoa de até um salário mínimo e meio. Também há critérios de cor ou raça –
para pretos, pardos e índigenas, de acordo com a parcela que representam na
população na unidade da Federação onde a faculdade se encontra. O dado pode ser
consultado no último Censo divulgado.
Algumas universidades podem, além das cotas, adotar
um bônus como forma de ação afirmativa. Nesse caso, o estudante entra no grupo
de ampla concorrência e sua nota recebe a bonificação estipulada pela
instituição de ensino.
É essencial que o candidato que disputará vagas de
cotas tenha a documentação que comprove o seu direito. Caso seja convocado e
não mostre os papéis requisitados pela universidade, perderá a vaga.
Sempre vale a pena disputar vagas pela lei de
cotas?
Não. É preciso verificar as notas de corte. Como
elas variam de acordo com o desempenho dos inscritos para cada vaga, não é
possível garantir que cotistas terão mais facilidade para ser aprovados do que
os candidatos da ampla concorrência. Por isso, às vezes vale a pena “abrir mão”
por uma nota de corte menor.
Minha nota no Enem será a mesma em todas as
universidades?
Não necessariamente. Cada universidade pode
atribuir pesos diferentes às disciplinas, ou seja, o mesmo candidato pode ter
uma nota mais alta em uma universidade e mais baixa em outra. Esse cálculo da
nota no Sisu tem como base espécies de "bonificações" que o sistema
aplicará automaticamente sobre a nota obtida no Enem 2016.
O que é a nota de corte que aparece em cada curso?
Ao buscar cursos no sistema, o estudante encontra a
nota de corte já calculada. Ela foi baseada no desempenho do último candidato
que seria aprovado, de acordo com o número de vagas. Por exemplo: em um curso
que oferece 30 vagas, a nota de corte será a nota do 30º candidato com melhor
desempenho, dentre os que se inscreveram nesta opção.
Essa nota de corte é dinâmica e varia de acordo com
a procura pelos cursos. O MEC reforça que as notas de corte são apenas uma
referência para auxiliar o estudante no processo de escolha de cursos. Mesmo
estando acima da nota mínima, pode ocorrer que o candidato não seja aprovado
porque o sistema é dinâmico e recebe novas inscrições ao longo do dia.
Como escolher a primeira e a segunda opção de
curso?
A primeira opção deve ser o que o candidato prefere
cursar. A segunda opção deve ser o que aceitaria estudar, mas não consiga a
primeira opção.
Isso porque, caso o candidato seja aprovado tanto
na primeira quanto na segunda opção, ele não poderá fazer a escolha: só terá
como se matricular naquele curso que foi indicado em primeiro lugar. Por isso,
é importante realmente colocar em primeiro o que for mais desejado.
Caso a pessoa só seja aprovada na segunda opção,
ela pode continuar concorrendo por uma vaga no curso indicado como prioritário.
Se o candidato não for aprovado em nenhuma das duas
opções, ele só poderá concorrer a vagas na reclassificação relativas ao
primeiro curso indicado.
Tanto na primeira quanto na segunda opção, o
candidato deve tentar fazer uma escolha consciente e apontar cursos em que
realmente tenha chance de ser aprovado. Uma forma de se guiar nesse momento é
examinar as notas de corte parciais divulgadas no Sisu. Caso sejam muito
distantes daquela alcançada pelo estudante, a chance de ser convocado diminui –
ou seja, não compensa “gastar” sua inscrição em algo que parece tão distante.
Como usar a 'classificação parcial'?
Após escolher o curso, o sistema exibe a chamada
“classificação parcial”. Ela funciona como uma referência que auxilia o
candidato a entender se tem ou não chances de ser aprovado. Ele pode estar, por
exemplo, em 38º em um curso de 30 vagas. Ou seja: 8 pessoas precisam mudar suas
escolhas para que ele consiga a vaga na primeira chamada (ou que oito não se
matriculem e ele tenha manifestado interesse na lista de espera).
Quando sai o resultado?
O Sisu divulgará
a única lista de aprovados no dia 30 de janeiro. As matrículas serão feitas
entre os dias 3 e 7 de fevereiro.
Como funcionam as listas de espera?
Caso estudantes convocados na lista do Sisu não
façam a matrícula ou desistam posteriormente dela, podem abrir novas vagas no
curso. Elas serão disputadas pelos candidatos que indicaram aquele curso como
primeira opção no sistema.
Para concorrer a uma dessas vagas, o estudante deve
manifestar interesse em participar do processo seletivo. Entre os dias 30 de
janeiro e 10 de fevereiro, precisam entrar no portal do Sisu para formalizar o
pedido.
Caso haja vagas, a convocação será feita pelas
próprias universidades, a partir de 16 de fevereiro – não mais pelo portal.
Cabe a cada candidato ficar atento ao calendário da faculdade pretendida.
Terei nova chance no segundo semestre?
Haverá uma segunda edição do Sisu ainda em 2017,
que tomará como base as mesmas notas do Enem 2016. Todos os que fizeram o exame
e não zeraram a redação podem participar novamente do processo, mesmo que já
estejam matriculados em alguma universidade.
É importante verificar nos editais dos cursos se
haverá oferta de vagas para o segundo semestre. Alguns são anuais e só abrem
processos seletivos uma vez ao ano.
O que fazer em caso de problemas técnicos?
Se o candidato tiver dificuldades para fazer a
inscrição, deve ligar para o 0800-616161. É comum que o problema esteja no
computador usado pelo estudante. Vale a pena tentar em outras máquinas ou mudar
o navegador do computador.
É recomendado não deixar para fazer a inscrição em
cima da hora: problemas técnicos podem acontecer no site do Sisu e o candidato
passará a correr o risco de perder a oportunidade de concorrer.
Com informações do G1
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