No início da tarde desta terça-feira (03) o
vereador do PPS, Carlson Pessoa, concedeu ao vivo uma entrevista aos
jornalistas Daniel Saturnino e Carol Porto da TV Costa Norte. Carlson iniciou a
conversa falando sobre a nova fase de sua carreira política, onde com o apoio
do atual prefeito Mão Santa (SD), ele acredita que terá acesso para apresentar
os inúmeros problemas da cidade e juntos buscar soluções.
“Essa é uma situação nova, pois deixo de ser o
líder da oposição para fazer parte do governo, mas já vejo isso como algo
positivo. O antigo prefeito relutava em atender as demandas dos vereadores e
inclusive as minhas. No entanto, acredito que Mão Santa terá a sensibilidade
que Florentino não teve. As demandas serão gigantescas, uma vez que estamos
recebendo a cidade arrasada, destruída em todos os sentidos: saúde não
funciona, escolas saqueadas, depredadas, sem merenda, salários de professores,
aposentados e pensionistas atrasados. E o que é pior, um rombo de mais de 50
milhões nos cofres públicos da cidade devido a inoperância de anos de PT no
comando de Parnaíba”, pontuou.
O vereador ressaltou as dificuldades que serão
enfrentadas também no legislativo municipal, mas ponderou sobre os avanços
alcançados, sendo que na legislatura passada foi possível melhorar em muitos
aspectos, como a maior frequência dos parlamentares nas sessões. Ele lembrou
também que foi proponente do projeto que encurtou o recesso da Câmara, sendo
que ao invés dos trabalhos se iniciarem em março, agora todos voltam do recesso
em fevereiro.
Questionado por Carol sobre a atual situação
financeira de Parnaíba e até que ponto esse desfalque poderá afetar a vida dos
parnaibanos, Carlson disse que devido a omissão e mau uso dos recursos por
parte do antigo gestor municipal e também estadual e federal, 2017 poderá ser
um ano difícil. “Os demais países já superaram a crise enquanto o Brasil
permanece em declínio. A previsão é de que o primeiro semestre não nos trará
boas notícias e é justamente por isso que o prefeito Mão Santa pretende fazer
cortes significativos no número de pessoal e ele tem razão. Só para se ter uma
ideia, na casa de muitas famílias ricas tinham dois ou três contracheques pagos
a pessoas que nem pisavam na prefeitura para trabalhar. Só iam no banco
receber. Isso é imoral! Enquanto isso as repartições estavam falidas,
oferecendo um mau atendimento ao contribuinte. Mão Santa já afirmou que vai
acabar com essa farra do dinheiro público, tanto é que o seu slogan da saúde é
que ‘o mais importante na saúde é o paciente’”, destacou.
Sobre a Mesa Diretora da Câmara, Carlson voltou a
afirmar ser contrário ao atual formato composto por 10 membros. Para ele,
como na Casa de Leis existem apenas 17 vereadores, o normal e mais democrático
seria que a Mesa tivesse a composição de apenas sete ou oito pessoas. “Farei
pleito para que consigamos diminuir essa quantidade de componentes para que
tenhamos uma eleição mais democrática e livre. Queremos inclusive propor que a
Câmara passe a funcionar todas as semanas de terça a quinta-feira, pois assim o
trabalho seria muito mais produtivo”, refletiu.
Sobre as disputas políticas partidárias, ele frisou
a importância das diferenças serem deixadas de lado a fim de que todo o grupo
trabalhe em conjunto a favor da população parnaibana. “É esse espírito e
atitude madura que a população espera de nós. Temos que trabalhar alinhados com
o objetivo de sanar as dificuldades que a cidade atravessa e que inclusive são
muitos”, afirmou.
Essa foi uma série de entrevistas com os vereadores
eleitos para o pleito 2017-2020. Amanhã a entrevistada será a vereadora Fátima
Carmino (PT).
Por Luzia Paula. Fotos: Gleitowney Miranda / Ascom
Edição: José Wilson / Jornal da Parnaíba
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