Maior do Piauí, PIB per capita de Uruçuí ultrapassa
o da cidade de São Paulo; Entre 2013 e 2014, o PIB per capita do município
saltou de R$ 31.120 para mais de R$ 45 mil, sendo quatro vezes maior que a
média estadual.
O município de Uruçuí, a 460 quilômetros de
Teresina, foi o que mais cresceu em termos de geração de riqueza nos últimos
anos no Estado, de acordo com o levantamento divulgado hoje (14) pela Fundação
Cepro. De 2013 para 2014, o PIB per capita da cidade subiu de R$ R$ 31.911,39
para R$ 45.655,18, tornando-se, portanto, o maior do Estado e ficando quatro
vezes acima da média de todos os municípios piauienses.
Com esse crescimento, o PIB per capita de Uruçuí o
da cidade de São Paulo, considerado o maior centro econômico e financeiro do
país, que teve PIB per capita de R$ 42.198 no mesmo ano, e foi maior que o da
Capital piauiense, cujo valor em 2014 foi de R$ 21.130,46. Teresina ocupa a
sexta colocação no ranking dos PIB per capita por município no Piauí.
Além de Uruçuí, outra cidade que chama a atenção
por conta do crescimento no valor de seu PIB per capita é Baixa Grande do
Ribeiro. Em 2014, a cidade apresentava um PIB per capita de R$ 43,305, sendo
que no ano anterior, esse valor era de apenas R$ 27.201,74. Além de Uruçuí,
Baixa Grande do Ribeiro, os municípios de Ribeiro Gonçalves (R$ 38.849),
Currais (R$ 26.000) e Santa Filomena (R$ 25.647) são os municípios que
apresentaram os maiores PIB per capita do Piauí durante o ano de 2014.
Um dos fatores que contribuiu para que Uruçuí
tivesse esse salto em seu PIB per capita foi o crescimento de seu setor
industrial, é o que afirma o coordenador da Cepro, Antônio José Medeiros. De
acordo com ele, o município se destaca como produtor de milho, algodão e,
principalmente, soja. “Uruçuí tem uma indústria forte na produção de óleo
vegetal e na fabricação de adubos e fertilizantes”, diz. No setor de serviços
foi observado, em Uruçuí, o crescimento do comércio, alimentação, atividade
imobiliária, atividades científicas e técnicas e serviços de informação.
Por ter um maior PIB per capita do Estado, Uruçuí,
juntamente com Baixa Grande do Ribeiro, Ribeiro Gonçalves, Currais e Santa
Filomena são os municípios que possuem a menor taxa de dependência da
administração pública para gerar riqueza. Em Baixa Grande e Ribeiro Gonçalves
esta taxa é de 9,31%; em Uruçuí, é de 10,49% e em Santa Filomena e Currais, a
riqueza gerada pelos serviços públicos é de 16,09% e 16,20%, respectivamente.
Já os municípios de Santo Antônio dos Milagres,
Guaribas, Massapê do Piauí, Campo Largo do Piauí e Fartura apresentam
dependência da administração pública para gerar riqueza acima dos 70% (73,92%
Guaribas; 73,12% Santo Antônio dos Milagres; 72,79% Massapê; 72,62% Campo Largo
e 72,14% Fartura).
Concentração de riqueza
Os 10 municípios mais bem posicionados em 2014 são
responsáveis por 65,59% da riqueza gerada no Piauí. Em 2013 essas 10 cidades
representavam 65,16% da economia piauiense. Os municípios são Teresina,
Paranaíba, Picos, Uruçuí, Floriano, Piripiri, Bom Jesus, Baixa Grande do
Ribeiro, Campo Maior e União.
De acordo com o diretor da Fundação Cepro, Antonio
José Medeiros, de 2012 a 2014 as três primeiras posições do ranking não se
alteraram. Já Floriano e Uruçuí trocaram de posição. “A mudança de Urucuí de 5º
pra 4º lugar se deu em função de retração no setor de serviços de Floriano e
pelo crescimento da indústria de Uruçuí”, analisou Medeiros.
Destaca-se, no Piauí, os setores imobiliário, da
administração pública, os serviços de informação, o comércio, e a saúde. “A
agropecuária reduziu sua participação em 0,16% por conta da frustração da safra
de lavoura temporária, agricultura e avicultura. Em contrapartida, a indústria
cresceu 3,87% nesse mesmo período”, informou o diretor da Cepro.
Leonardo Passos, diretor do IBGE no Piauí, afirma
que Teresina concentra 47,1% do PIB do estado, mas destaca a participação de
outros municípios. “Observa-se cidades como Uruçuí, com produção de grãos, e
Antônio Almeida, que também apresenta PIB alto. Com relação a Uruçuí, a mudança,
O PIB representa a soma, em valores monetários, de
todos os bens e serviços finais produzidos em cada município, e tem como
principal objetivo mensurar a atividade econômica. Excluem-se, na contagem do
PIB, todos os bens de consumo intermediários. Outro aspecto do estudo avalia a
renda per capita municipal, que é o PIB dividido pela população.
Por: Nayara Felizardo e Maria Clara Estrêla/O
Dia | Edição: Jornal da Parnaíba
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