sábado, dezembro 10, 2016

Espírito argentino, raça e anjo protetor: Raphinha, novo atacante do Tubarão

Raphinha começou no Fortaleza, em 2005, quando foi contratado como profissional ainda com 17 anos
Um paulistano, com carreira no Nordeste e espírito argentino. Essa mistura é um resumo que pode definir Raphinha, última contratação anunciada pelo Parnahyba para a temporada 2017 . Formado no Fortaleza, o atacante tem no currículo um vice-campeonato da Série C com o Icasa em 2012, mas garante que, além da qualidade técnica, o que vai agradar a torcida do Tubarão vai ser a sua raça. 
- Não tem bola perdida, é espírito argentino mesmo - resume o jogador. 

A carreira de Raphinha começou no Fortaleza, em 2005, quando foi contratado como profissional ainda com 17 anos após participar da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Ele permaneceu no clube cearense até 2010, depois passou uma temporada no Torreense, de Portugal, retornou ao Brasil e rodou por clubes do Nordeste, como Tiradentes-CE, Icasa e Sergipe. Apresentado como um atacante que joga pelos lados do campo, Raphinha ressalta outra característica sua: a entrega dentro de campo. 

- Sou um atacante que gosto de jogar nas laterais do campo, que pega naquela bola e vai para dentro, muito objetivo. E sou muito bom em bola parada, sou veloz, e tenho muita raça. Onde vou conquisto os torcedores mais exigentes porque para mim não existe bola parada, é espírito argentino mesmo. Se estiver perdendo de três aos 43 do segundo tempo, eu ainda estou correndo –diz ele. 

Esta será a primeira vez que o atacante atua no futebol do Piauí, embora conte que tenha recebido propostas anteriores, nunca concretizadas. Para aceitar a proposta do Parnahyba, ele conta que recebeu boas referências de um velho conhecido da torcida do Tubarão, o lateral Rian, que no próximo ano jogará no Picos.

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- O Parnahyba tem calendário até outubro, isso pesou muito (para aceitar proposta). Também procurei me informar com o Rian, que jogou comigo no Tiradentes-CE. Ele falou muito bem, disse que o que o clube acertar ele paga. Você sair de casa para passar três meses sem receber é ruim para o atleta e para o clube, porque o jogador acaba não rendendo. 
Dentro de campo, além da torcida, Raphinha irá sentir outro grande incentivador: o pai, falecido ainda em 2005 no primeiro mês do jogador como profissional. 

- Na segunda semana de profissional eu perdi meu pai. Era meu maior incentivador, e até hoje é um dos que mais me incentivam, onde quer que esteja eu jogo para ele. Perder ele logo quando estava indo para o profissional foi muito difícil, mas graças a Deus mantive a cabeça no lugar. Era o sonho dele, era o meu, e foquei nisso – conta. 

Raphinha foi o 22º jogador confirmado pelo Parnahyba para a próxima temporada. Com o clube parnaibano, ele começa a temporada no dia 1º de fevereiro, na primeira rodada do Campeonato Piauiense contra o Comercial-PI, em Campo Maior.

Por: Por Wenner Tito/G1 | Edição: Jornal da Parnaíba

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