Festival de Arte para Crianças será realizado em
novembro em três cidades do Piauí; Com espetáculos, bate-papos e experiências, o
Trisca pretende imergir o público no universo da infância.
No mês de novembro cidades piauienses serão palco
de uma série de intervenções artísticas que ligam teatro, dança, tradição,
música e imagem voltadas para o público infantil. Trata-se do TRISCA - Festival
de Arte para Criança, que terá sua primeira edição logo mais, de 23 a 27 de
novembro em Teresina, Parnaíba e Floriano. O evento vai contar com uma
programação recheada de espetáculos de grupos locais e nacionais, oficinas
formativas, bate-papos e mostras de cinema infantil.
Serão mais de 10 espetáculos, cinco oficinas,
workshops, sessões de cinema, bate-papos e exposições. Dentre as atrações estão
a Roda Curumim nos Sertões de Dentro, proposta pelo grupo Valor de Pi e Vagner
Ribeiro, que vai reunir o público mirim em um espetáculo de música e
literatura. A arte circense também vai invadir o festival com o Grupo Corpos de
Teatro Independente em parceria com o Grupo Teatro Oficinão. A turma do Os
Tapetes Contadores de História, do Rio de Janeiro, também são atrações da
programação do TRISCA. No espetáculo “História de Outros Povos”, que utiliza de
objetos como tapetes, painéis, malas, aventais, roupas, caixas e livros de pano
como cenários de contos infantis autorais e populares de origens diversas, o
grupo se mistura à imaginação das crianças com muito diálogo e interação com a
plateia.
A programação ainda abriga artes visuais, exposições, brincadeiras e oficinas de desenho, música e equilíbrio, só para citar alguns exemplos. Destaca-se ainda a exposição do Jardim Sensorial, que promete ser uma grande surpresa de interação entre as crianças e as artes. Uma experiência artística por todos os poros, extrapolando a usual exposição, na qual se estimula apenas o ver. Neste jardim, as crianças poderão também mexer, sentir e ouvir.
A programação ainda abriga artes visuais, exposições, brincadeiras e oficinas de desenho, música e equilíbrio, só para citar alguns exemplos. Destaca-se ainda a exposição do Jardim Sensorial, que promete ser uma grande surpresa de interação entre as crianças e as artes. Uma experiência artística por todos os poros, extrapolando a usual exposição, na qual se estimula apenas o ver. Neste jardim, as crianças poderão também mexer, sentir e ouvir.
O propósito do festival partiu de uma linguagem
típica do universo das crianças, o de interagir. “Triscar” é um verbo conhecido
nas brincadeiras nordestinas, além disso, dá sentido de aproximar, tocar,
encostar, diminuir distâncias que existem entre as pessoas, ou entre pessoas e
coisas. Triscar é um modo da criança explorar o mundo com o corpo.
O festival reúne três eixos: ver, ouvir e
tocar. Ver - neste eixo a imaginação será estimulada por meio das artes
da presença como o teatro, a dança, cinema, e claro, não vai faltar a cultura
popular com suas tradições.
Ouvir - aqui os participantes poderão se aproximar
da música, contação de histórias e da literatura, além dos debates e
formações. É válido ressaltar que os debates e formações pretendem tocar
crianças, pais, mães e profissionais das artes e da educação. Os bate-papos
trarão artistas, pesquisadores, escritores e educadores nacionais e locais,
sempre no sentido de estimular uma produção embasada, afinal as crianças
merecem, uma vez que arte e cultura para elas têm estado restritas ao ambiente
do mercado, pouco contribuindo para seu pensamento crítico e autônomo.
Segundo uma das organizadoras do festival, a
dançarina e produtora cultural Layane Holanda, o TRISCA traz o intercâmbio de
linguagens propondo obras, espaços e atividades para crianças e jovens de
variadas faixas etárias, cruzando diferentes realidades sociais e geográficas.
“Entendemos que a crise que assola o mundo, não apenas o Brasil, é antes de
tudo uma crise de valores, por isso é tão urgente repensarmos o nosso papel
diante dessas gerações, do agora. Precisamos insistir na potência da arte, dos
ambientes sensíveis, do encontro, do respeito à diferença e aprender com as
crianças a elaborar novas interações com o mundo”.
O TRISCA vai realizar ações formativas e debater questões
contemporâneas do universo infantil entre educadores, artistas e gestores,
produzindo conhecimento e estabelecendo uma relação mais intensa entre o
público e múltiplas formas de expressão artística.
“Triscar é um jeito de chegar perto daquilo que não
conhecemos, no TRISCA queremos humanizar o encontro, vamos olhar olho no
olho, na mesma altura, sem diferença, ampliar as vivências estéticas de
crianças, jovens e adultos, ampliar valores e visões de mundo”, destaca Soraya
Portela, diretora artística do Festival, junto à Layane Holanda.
Para Lili Machado ,
coordenadora de Cultura do Sesc Piauí, o TRISCA é um festival alinhado com
a perspectiva educativa e inovadora na qual o Sesc concebe e realiza suas ações
em todo o Brasil. “O Trisca é um Festival pensado para atender ao público
infantil, dentro de uma área em que o Sesc sempre investiu em seus projetos,
que é a cultura voltada para a infância, pois acreditamos que é na infância que
se constrói toda uma percepção de mundo que irá torná-los, no futuro, sujeitos
mais conscientes e com melhor capacidade de discernimento”, enfatiza.
O Trisca tem direção artística do Canteiro
(Criação, Produção e Práticas artísticas), patrocínio do Governo do Estado do
Piauí por meio da Secult e realização do Serviço Social do Comércio (Sesc)
Piauí.
Da redação do Jornal da Parnaíba
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