Em reposta a nota de repúdio da ADUFPI, segue
algumas considerações:
O movimento UFPI Livre é legitimo e formado por um
grupo com mais de 300 alunos, número superior a qualquer outro movimento dentro
da instituição (CMRV). Esse grupo representa a manifestação da comunidade que é
contrária a “greve” neste momento, como mecanismo de combate a implementação da
PEC 55. Nosso movimento é democrático e não é uma exigência ser contrário ou a
favor da PEC 55 e reconhecemos que existem outras formas de lutas, mais
eficientes e menos cômodas aos docentes e incentivamos muitas outras,
principalmente as que necessitam de corpo presente para discutir tais assuntos.
Em nenhum momento este grupo agrediu qualquer outro movimento e se existiu
alguma ação que pareceu enfrentamento, foi somente uma reação a ataques
causados principalmente pelo movimento Tenda da Resistência, que também é
legítimo e respeitoso a partir do momento que aprender a tratar de forma
respeitosa os que pensam diferente. O que está posto, é que esse movimento
Tenda da resistência e também agora ADUFPI, parecem não saber lidar com ideias
contrárias a suas ideias e uma prova disso é que em nenhum momento ninguém da
ADUFPI procurou esse grupo para discutir ou até mesmo tentar entender as
discordâncias e ameniza-las, como uma forma ética e democrática ouvindo assim
também a opinião do outro lado. A ADUFPI esclarece em sua nota que nosso
movimento agiu baseado em boatos de que o movimento Tenda da resistência
fecharia totalmente os portões do campus, mesma qualidade de boatos que a
inspirou a construir uma nota de repudio unilateral, embasada por meia dúzia de
professores que não conseguem distinguir as diferenças. Ignorar um grupo que
representa mais de 300 pessoas que se organizam em assembleias presenciais
pacíficas, pautadas na discussão, é colocar interesses claramente políticos de
forma cega em detrimento de um movimento legitimo. A carta também cita supostas movimentações
que excitam a violência entre os alunos, de fato, existiram episódios isolados
de alguns membros da comunidade de ambas as partes que deixaram ambíguas
algumas declarações, podendo sim serem interpretadas como negativas, no entanto
a carta não informa que após uma conversa entre os grupos, pelo lado do
movimento UFPI livre, existiu um pedido de desculpas e retratação daquilo que
ficou mal entendido, pois é dessa forma que almejamos alcançar legitimidade e
confiança, fato que não ocorreu no outro movimento. O que fica claro é que a
ADUFPI se utilizou de um episódio já resolvido e por pressão de alguns de seus
associados para instigar o debate negativo entre os grupos, de forma unilateral
antiética se utilizando de um fato já resolvido. Também queremos deixar claro,
que professores da tenda da resistência se prestam em atrepar-se em bancos para
arrancar cartazes de manifestações públicas; mostrando assim o nível com que
reagem a ideias contrarias e poderíamos expor em blogs sensacionalistas essas
imagens, mas como estudantes, queremos construir um movimento à altura do que
representamos para sociedade. Queremos debate, discussão e não nos escondermos
atrás de textos ou de movimentos infantis.
É importante deixar claro que nosso grupo reconhece
a greve como um instrumento legítimo de luta e que por muitos anos conseguiu
conquistar muitos direitos, porém desclassificamos o movimento local desejado
pelos nossos DOCENTES, “greve”, uma vez que já é sabido e conhecido deste
campus, que após a deflagração de uma greve, 90% dos professores defensores da
mesma, abandonam seu local de trabalho e viajam para cumprimento de interesses
particulares. Ação essa que repudiamos e reafirmamos: GREVE NÃO É FÉRIAS.
Quanto as acusações de desmoralização que cita a
nota, não podemos controlar os ânimos de todos os nossos integrantes, da mesma
forma que somos acusados de fascistas por integrantes do movimento Tenda da
Resistência, temos maturidade suficiente para entender que esses dissabores
podem ocorrer, porém, o que nos assusta é uma entidade como a ADUFPI, de forma
irresponsável, unilateral e antiética, se colocar contra um movimento de
representação legítima, revivendo conflitos já discutidos, incentivando o dissabor entre os movimentos e rejeitando com
autoritarismo qualquer movimento que se coloque contra a greve política
incentivada por ela. No dia 16/11 a própria ADUFPI organizou uma assembleia
precedida por um debate, em que estiveram presentes os dois grupos e opiniões
foram debatidas. A assembleia ocorreu respeitosamente, sem o referido ânimo que
tenta transmitir a nota. Senhores diretores da ADUFPI, pedimos mais
responsabilidade e ética em suas colações, mantendo minimamente o direito de
ampla defesa, lembrando em que outros carnavais lutamos juntos por movimentos
grevistas, com a decepcionante forma com que os docentes conduziram as últimas
greves, nós estudantes e alguns professores, resolvemos desta vez optar por
outras formas e por se colocar contra essa sua manifestação. Por favor nos
respeitem e venham debater conosco, estamos aqui para ouvir seus pontos de
vista e mostrarmos o nosso. Não esqueçam que a universidade é um ambiente
plural e que o importante é que o respeito seja mantido, principalmente pela
classe que representa os professores dessa instituição.
Aproveitamos para convidar toda a comunidade,
principalmente de outros campi para agregar a nossa luta.
Não a Greve Política da ADUFPI.
Sim a novas formas de lutas;
Sim ao direito de se manifestar;
Sim ao direito de ir e vir;
Sim ao direito de assistir aula.
Movimento UFPI Livre.
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