A Zona de Processamento de Exportação do Estado do
Piauí é a mais avançada do país.
Agrocera, primeira indústria da ZPE de Parnaíba (Foto:Divulgação) |
Um sonho piauiense de três décadas torna-se
realidade no litoral. A Zona de Processamento de Exportação do Estado do Piauí,
a ZPE Parnaíba, já pode ser considerada uma realidade, pois, pelo menos duas
indústrias aceleram o processo de implantação com previsão de iniciarem as
exportações ainda este ano.
O projeto de implantação da zona encontra-se na
fase das obras complementares, que representa a parte final de execução de um
orçamento de mais de R$ 40 milhões, aplicados pelo Governo do Estado. As obras
e serviços desta última etapa são as necessárias para o alfandegamento, pela
Receita Federal do Brasil, desse primeiro módulo de implantação que prevê a
instalação de 10 indústrias exportadoras.
Pátio de manobras e sede administrativa da ZPE Parnaíba( Foto: Divulgação) |
A transformação do espaço da ZPE em área controlada
pela Receita é um dos principais requisitos para atrair mais investidores para
dentro do condomínio exportador, mediante o benefício da suspensão tributária
por 20 anos. “O principal objetivo de uma ZPE é o de promover o desenvolvimento
local com a geração de empregos e riquezas, e não a arrecadação tributária”,
explica Paulo Cardoso.
O presidente Paulo Cardoso informou que o projeto
de alfandegamento vem sendo elaborado em obediência a diretrizes informadas
pela Superintendência da Receita Federal da 3ª Região Fiscal, sediada em
Fortaleza (CE). Objetivando acompanhar os avanços das obras físicas e prestar
orientações para etapa de alfandegamento, o superintendente regional da Receita
Federal, João Batista Barros, e o delegado da Receita no Piauí, Audimar Alves
Ferreira, estiveram na ZPE no dia 28 de setembro, em visita técnica.
João Batista Barros elogiou o projeto da ZPE
Parnaíba. “A estrutura e o projeto da ZPE são bastante interessantes,
compatíveis com o tipo de atividade que se pretende desempenhar”, afirmou o
superintendente. Ele disse ainda que será um motivo de orgulho para a 3ª Região
Fiscal a conclusão do processo de alfandegamento da ZPE do Piauí.
O condomínio exportador do Piauí ocupa uma área de
313 hectares, das quais 31 hectares já estão estruturadas com pavimentação,
eletrificação, saneamento integrado, prédios administrativos, galpões
industriais, estações de tratamento de água e esgotos e estrada de acesso a
partir da BR 343.
A expectativa do Governo do Estado é que a ZPE
Parnaíba venha alavancar as exportações fazendo o Piauí subir a posição no
ranking brasileiro de exportações por unidades da federação.
O presidente da ZPE Parnaíba, Paulo Roberto
Cardoso, destacou o empenho do governador Wellington Dias de tornar a ZPE
Parnaíba a mais avançada dentro da legislação brasileira para esse tipo de
empreendimento. Destacou também a luta do prefeito de Parnaíba, Florentino
Neto, para a implantação da ZPE no município.
Primeiras indústrias da ZPE
De uma perspectiva de 10 indústrias nesse primeiro
módulo de implantação, duas já estão prestes a iniciar as exportações. São a
Agrocera, voltada à extração, refino e exportação da cera de carnaúba; e
Ecopellets, focada na produção e exportação das matrizes energéticas pellets e
briquetes, que são materiais com alto poder de combustão utilizados em lareiras
nos países de clima frio e em caldeiras das indústrias de várias regiões do
mundo. Por ter sido a primeira a se instalar, a Agrocera já iniciou a produção,
com a previsão de exportar os primeiros contêineres ainda este ano, a partir do
Porto do Pecém.
Outras indústrias
A Companhia Administradora da ZPE Parnaíba, o
Governo do Estado e a Prefeitura de Parnaíba vêm colocando em prática um plano
de atração de mais investimentos para a ZPE piauiense. O presidente Paulo
Cardoso faz uma avaliação positiva desse trabalho de prospecção.
Segundo ele, várias propostas de empreendimentos
estão em análise no Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação
(CZPE), além de diálogos entre a Companhia Administradora da ZPE e outras
organizações empresariais interessadas em se instalarem.
O perfil da ZPE contempla, inicialmente, indústrias
voltadas à transformação de matérias-primas encontradas na região,
especialmente do setor do agronegócio, fármacos e minerais preciosos ou
semipreciosos. Além desses, tramita, na Câmara Federal, um projeto que visa
incluir nas ZPEs brasileiras, atividades do ramo de serviços, com espaços para
startups do ramo de Tecnologia da Informação Comunicação (TICs). “Será um
espaço de produção voltado para o mundo todo”, prevê Paulo Cardoso.
Empregos e riquezas
O presidente Paulo Cardoso explica ainda que o
grande benefício da ZPE Parnaíba será a geração de empregos diretos e indiretos
em Parnaíba e região. “O impacto positivo na economia será sentido também fora
do espaço físico da ZPE”, disse o gestor. Ele citou como exemplo a indústria
Agrocera que, além dos empregos diretos, deve criar milhares de postos de
trabalho no setor da agricultura familiar.
Por F. Carvalho | Edição: Jornal da Parnaíba
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