domingo, agosto 28, 2016

Etapa Piauí da Olimpíada Brasileira de Robótica tem primeiro dia de competições

Prof. Dr. Carlos Giovanni Nunes de Carvalho, palestrante do sábado.
Tiveram início neste sábado (27) as provas da modalidade prática da etapa piauiense da Olimpíada Brasileira de Robótica, que ocorrem durante o primeiro ArtTRON, evento que integra Tecnologia, Cultura e Arte, no Campus Ministro Reis Velloso, em Parnaíba. Realizada pelo Laboratório de Neurofísica da UFPI, o Conselho Estadual da OBR/Piauí e o Campus Ministro Reis Velloso, a atividade segue até domingo (28), com palestras sobre tecnologia, atrações culturais e a etapa das tarefas práticas da OBR.

Este ano, 70 equipes, com 4 competidores cada uma, concorrem a três vagas divididas em dois níveis, fundamental e médio/técnico. Dessas equipes, 50 são da cidade de Parnaíba e as demais, de Teresina e de Picos.

A programação deste sábado começou com a palestra “Automatizando a criação de abelhas em colmeias racionais”, com o pesquisador da UESPI, Prof. Dr. Carlos Giovanni Nunes de Carvalho. Ele explicou ao público como a tecnologia foi usada para monitorar a temperatura dentro das colmeias e resguardar a qualidade do mel produzido no Estado, a partir de um experimento realizado na Embrapa Meio Norte, em Teresina.

Durante os meses mais quentes do ano, as elevadas temperaturas e a baixa umidade fazem as abelhas abandorem as colmeias, provocam baixa produtividade do mel e também má formação e morte das crias. “Com o protótipo, criamos uma forma de estudar o comportamento das abelhas dentro do sistema, capacitando o produtor a tomar decisões e não esperar as abelhas irem embora por causa das altas temperaturas”, explicou o pesquisador Carlos Giovanni.

Competições - Ainda pela manhã, começaram as provas da modalidade prática da OBR. Cerca de 12 equipes, formadas por estudantes do Ensino Fundamental, participaram do Nível 1 da disputa.
Estudantes do Ensino Fundamental participaram do Nível 1 da disputa.
A prova simula a ocorrência de um resgate em que a vítima está em local de difícil acesso, em um andar superior. O robô tem de superar obstáculos, deixar a pista de percurso, subir uma rampa, resgatar a vítima – representada por uma bolinha – e levá-la a uma área de segurança.  Os competidores realizam a prova em duas arenas, e têm três chances para executar cada parte.

A disputa é por pontuação corrida. Somam pontos ultrapassar obstáculos, completar o percurso, e fazer a tarefa em até 5 minutos. O menor tempo gasto na prova é critério de desempate.
Estudante Balduíno Gilmar, do 9° ano,
O estudante Balduíno Gilmar, do 9° ano, foi o primeiro a completar o percurso entre as equipes do Ensino Fundamental. “Tava difícil num ponto da prova em que meu robô não estava conseguindo encontrar o marcador para fazer a curva dentro do círculo. Mas eu quero ficar, pelo menos, entre os três primeiros colocados”, disse o jovem.

Na parte da tarde, ocorreram as provas práticas do Nível 2, de maior dificuldade, nas quais concorrem apenas estudantes dos ensinos médio e técnico. Com desempenho mais robusto, um número maior de equipes conseguiu completar a prova a tempo.

“Uma coisa importante a se observar é que são duas categoria de robôs: uma com peças já montadas lego, cujos boxes já vêm com uma programação embutida; e os robôs montados com o arduíno, que exigem da criança, de fato, criar seu algoritmo. E como as pistas são montadas antes do início da competição, o circuito é desconhecido. Se o algoritmo não for muito bem feito e o robô bem calibrado, terá dificuldades nos obstáculos.”, explicou o professor Ricardo Baluz, presidente da arbitragem.

As competições seguem neste domingo (28), com a entrega de medalhas aos vencedores.



Da redação do Jornal da Parnaíba com informações da UFPI

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