É na crise que surgem as grandes oportunidades.
Muito tem se falado da crise econômica que assola o
país deixando milhares de desempregados e causando recessão em vários setores
da economia. Entretanto, apesar do atual quadro econômico, a frase com a
qual abri esse texto é uma realidade para o setor de energia limpa, como as de
geração de energia eólica e solar, que continuam mostrando dinamismo e
projetando crescimento para os próximos anos, registrando bons níveis de
desenvolvimento e atraindo investidores.
O Brasil é o sétimo país do mundo que mais investe
em energia limpa e o sexto mais atrativo devido às condições naturais.
Atualmente, somos o quarto maior produtor de energia eólica no mundo, ficando
atrás apenas da China, Alemanha e Estados Unidos, respectivamente. Entretanto,
essa não é a principal fonte energética do nosso país.
Além de garantir a segurança do sistema elétrico,
os baixos custos fazem a energia eólica ser altamente competitiva.
Tal informação tem respaldo nos resultados de crescimento global do setor, que,
mesmo em tempos de crise, colocou o Brasil na 10ª posição no ranking mundial de
capacidade instalada em 2015. Foram R$ 20 bilhões em investimentos e 41
mil empregos gerados.
É impressionante o nível de crescimento dos
segmentos eólico e solar, que crescem a taxas de dois dígitos por ano e, com
alto potencial de expansão. Juntos, ambos devem criar 828 mil empregos até
2020. Além dos estímulos públicos e de compromissos ambientais internacionais,
o fator que está gerando esse grande crescimento é a redução no custo de
implantação, graças ao ganho de escala e inovações tecnológicas.
A iminência de uma crise climática coloca desafios
sem precedentes a todas as nações. Há um forte movimento mundial para se
reduzir a dependência dos combustíveis fósseis, como o carvão mineral, gás
natural e o petróleo, e aumentar a participação das energias renováveis.
De acordo com o Greenpeace, o Brasil pode ter sua
matriz energética majoritariamente limpa até 2050. Segundo o relatório [R]evolução
Energética, daqui a aproximadamente 30 anos, a matriz pode contar com 66,5% de
fontes como vento, sol e biomassa para alimentar os setores elétrico,
industrial e de transportes.
O alto índice de crescimento do setor de energia
limpa é justificado por uma série de fatores, não apenas a crise econômica e o
baixo custo de produção. O segmento tem unido todas as características que
propiciam o desenvolvimento em qualquer setor: baixo custo, oportunidade,
tecnologia e projeção de longevidade do negócio.
O Brasil tem recursos naturais de sobra para se
tornar uma potência energética limpa. Ao contrário do que acontecia no passado,
as energias renováveis – em especial a solar e eólica – são mais competitivas
que o carvão e ainda utilizam recursos locais e criam mais empregos. Utilizar a
energia renovável agora é mais uma vantagem econômica e capaz de reduzir a
dependência de combustíveis importados.
Janguiê
Diniz – Mestre e Doutor em Direito – Reitor da UNINASSAU – Centro
Universitário Maurício de Nassau – Fundador e Presidente do Conselho de
Administração do Grupo Ser Educacional – janguie@sereducacional.com
Edição: Jornal da Parnaíba
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