Corpo de Bombeiros Militar de Parnaíba foi quem resgatou o corpo que foi levado para o IML de Parnaíba - PI |
O Instituto Médico Legal de Teresina confirmou que
o corpo encontrado ontem (21) nas proximidades do porto de Luís Correia era do
autônomo Marcos Vinícius de Sousa Silva, 38 anos, que havia desaparecido no último
domingo (19). O diretor da perícia criminal de Parnaíba, Frederico
Augusto, explica que, devido ao avançado estado de decomposição da vítima (que
estava com o rosto desfigurado), a identificação foi realizada por um
odontolegista, profissional que não existe no litoral piauiense.
Ele explica que o reconhecimento por meio da arcada
dentária é importante para que não haja erros na identificação do
cadáver.
O coro de Marcos Vinícius de Sousa Silva foi encontrado por boiando por pescadores em Luis Correia nas águas da Baía da Amarração, na Barra do rio Igaraçu no Delta do Parnaíba. |
"Existem várias formas de reconhecimento. Por
exemplo, quando o corpo está íntegro, o familiar vai ao IML e reconhece pelas
características físicas. Porém, quando o corpo está em decomposição o
reconhecimento deve ser feito através do exame de necropapiloscópia (estudo das
digitais do cadáver), pelo odontolegista que avalia a arcada dentária ou
através do exame de DNA, quando se é colhido material genético dos pais e do
cadáver", explica Frederico Augusto.
O diretor da perícia criminal de Parnaíba
acrescenta que a identificação de cadáveres somente por meio de características
físicas ou vestimentas é muito arriscado e relata que houve casos de familiares
que reconheceram um parente que havia desaparecido e dias depois a pessoa que,
teoricamente, estava morta apareceu viva.
"A melhor estratégia foi enviar o corpo para
Teresina para que não aconteçam outros casos como já ocorreram na Capital. Às
vezes, na emoção e angústia pelo desaparecimento de um ente querido, são feitos
julgamento equivocados e o mesmo familiar que reconheceu o corpo, dias depois
vai registrar um BO porque o ente apareceu. Isso gera uma complicação muito
grande, pois aquele corpo que foi enterrado terá que ser exumado para ser
identificado. Então, em muitos casos, é falho o reconhecimento feito através
das características físicas ou vestimentas, até porque as roupas vendidas no
mercado são feitas em larga escala e todo mundo pode ter uma bermuda azul ou
branca, por exemplo", reitera Frederico.
O corpo do autônomo Marcos Vinícius Silva saiu de
Parnaíba por volta das 23h30, já foi periciado no IML de Teresina e liberado
para sepultamento. A vítima morreu por afogamento.
Jornal da Parnaíba com informações de Graciane
Sousa/Cidade Verde
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