quinta-feira, junho 23, 2016

Corpo de Teresinense achado em Luís Correia foi identificado pela arcada dentária

Corpo de Bombeiros Militar de Parnaíba foi quem resgatou o corpo que foi levado para o IML de Parnaíba - PI
O Instituto Médico Legal de Teresina confirmou que o corpo encontrado ontem (21) nas proximidades do porto de Luís Correia era do autônomo Marcos Vinícius de Sousa Silva, 38 anos, que havia desaparecido no último domingo (19).  O diretor da perícia criminal de Parnaíba, Frederico Augusto, explica que, devido ao avançado estado de decomposição da vítima (que estava com o rosto desfigurado), a identificação foi realizada por um odontolegista, profissional que não existe no litoral piauiense. 

Ele explica que o reconhecimento por meio da arcada dentária é importante para que não haja erros na identificação do cadáver. 

O coro de Marcos Vinícius de Sousa Silva foi encontrado por
boiando por pescadores em Luis Correia nas águas da Baía
da Amarração, na Barra do rio Igaraçu no Delta do
Parnaíba.
"Existem várias formas de reconhecimento. Por exemplo, quando o corpo está íntegro, o familiar vai ao IML e reconhece pelas características físicas. Porém, quando o corpo está em decomposição o reconhecimento deve ser feito através do exame de necropapiloscópia (estudo das digitais do cadáver), pelo odontolegista que avalia a arcada dentária ou através do exame de DNA, quando se é colhido material genético dos pais e do cadáver", explica Frederico Augusto.

O diretor da perícia criminal de Parnaíba acrescenta que a identificação de cadáveres somente por meio de características físicas ou vestimentas é muito arriscado e relata que houve casos de familiares que reconheceram um parente que havia desaparecido e dias depois a pessoa que, teoricamente, estava morta apareceu viva. 

"A melhor estratégia foi enviar o corpo para Teresina para que não aconteçam outros casos como já ocorreram na Capital. Às vezes, na emoção e angústia pelo desaparecimento de um ente querido, são feitos julgamento equivocados e o mesmo familiar que reconheceu o corpo, dias depois vai registrar um BO porque o ente apareceu. Isso gera uma complicação muito grande, pois aquele corpo que foi enterrado terá que ser exumado para ser identificado. Então, em muitos casos, é falho o reconhecimento feito através das características físicas ou vestimentas, até porque as roupas vendidas no mercado são feitas em larga escala e todo mundo pode ter uma bermuda azul ou branca, por exemplo", reitera Frederico. 

O corpo do autônomo Marcos Vinícius Silva saiu de Parnaíba por volta das 23h30, já foi periciado no IML de Teresina e liberado para sepultamento. A vítima morreu por afogamento.

Jornal da Parnaíba com informações de Graciane Sousa/Cidade Verde

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